quarta-feira, 25 de março de 2009

Reflexão!

"Sabe o que é melhor que ser bandalho ou galinha? Amar. O amor é a verdadeira sacanagem". Tom Jobim

segunda-feira, 23 de março de 2009

Conheça os elementos Yin e Yang

Oi, pessoas queridas.
Atualmente estou mais YIN do que nunca. E vocês? :)
Boa semana!

Conheça os elementos Yin e Yang
Monica Buonfiglio

Na concepção chinesa do mundo, o universo consiste em yang - o elemento masculino e em yin, o elemento feminino.
Em 1850, o filósofo Ralph Emerson em seu ensaio sobre a filosofia oriental, descrevia que o yin-yang estava presente na polaridade, na ação e na reação, na escuridão e na luz, no calor e no frio, no masculino e no feminino, na inspiração e na expiração, no ritmo do sangue, nas forças centrífuga e centrípeta.

Tudo na natureza é dividido, de modo que cada coisa constitui uma metade que precisa ser completada por uma outra coisa, como o espírito e a matéria, subjetivo e objetivo, interior e exterior, movimento e repouso. Os pólos se complementam entre si para que exista um equilíbrio dinâmico".

Yin e Yang são inseparáveis. Seu simbolismo é representado por um círculo dividido em duas metades iguais por uma linha sinuosa. A parte preta é yin e a outra branca, yang. Podemos observar que o comprimento da separação das cores é igual a circunferência exterior e que o contorno de cada metade yin e yang é igual ao perímetro da figura. Cada um dos elementos contém o germe do outro, na forma do ponto claro ou do ponto escuro.

Na visão cabalista, o yin-yang representa o céu e a terra, presos um ao outro abraçando-se mutuamente. Para os chineses, o yin-yang significa que o tempo (e o espaço) é "Uno", ou seja, a matéria e o espírito também. A ação de uma pessoa resulta em uma reação boa ou má. Tudo no ser é yin ou yang, com a dupla possibilidade de evolução ou involução.

Christopher Markert em seu livro Yin-yang - polaridade e harmonia em nossa vida, explica que só é possível ser feliz e ter sucesso quando se vive em sintonia com as forças cósmicas como o consciente e inconsciente, corpo e espírito, ideal e realidade, doce e salgado, direita e esquerda, dia e noite etc. Cada pólo portanto, tem valor idêntico ao outro, onde estes se complementam e se necessitam mutuamente.

Se o equilíbrio for perturbado, ambas as partes mostram o seu lado destrutivo e maléfico. A meta não é incentivar um pólo em prejuízo do outro, mas visar um equilíbrio que beneficie ambos os pólos. A vida busca o equilíbrio correspondente a cada lugar e a cada momento. Um homem pode tomar uma iniciativa na parte da manhã, e a tarde, a mulher pode ser a responsável. Ao acordar por exemplo, a pessoa pode tomar uma decisão "prática", mas a noite pode seguir a "intuição". Isto é yin e yang.

O yang é: masculino, pai, céu, deus-pai, Sol, consciente, compreensão, lógica, eu, condição desperta, cabeça, forma, ter, tensão, voltado para o exterior, decidido, risco, só, gasta energia, construtivo ou destrutivo, abstrato, ordenado, sóbrio, patriarcado etc.


O yin é: feminino, mãe, terra, mãe-terra, Lua, inconsciente, sentimento, intuição, eu interior, condição de sonho, coração, conteúdo, ser, relaxamento, voltado para o interior, segue o fluxo da vida, pacífico, atraído pela comunidade, economiza energia, cura e preserva, orgânico, fluente, sóbrio, matriarcado etc. De acordo com os ensinamentos chineses, o conceito yin-yang poderia ser exposto assim:


Confie no seu julgamento

Dê para que possa receber

Mantenha a confiança na ordem do universo

O inimigo torna-se seu amigo porque este lhe mostra suas fraquezas, pois sabe aquilo que você desconhece. Portanto, aprenda com ele.

O que ocorre no dia-a-dia, bom ou mau foi causado direta ou indiretamente por você

Os obstáculos fortalecem

Quem evita as dificuldades não pode continuar sadio e feliz

Sinta-se responsável pela sua vida

Tudo está em constante mutação tanto no universo com na vida dos seres humanos.


Nem a terra nem o céu são perfeitos, mas juntos podem formar a perfeita harmonia. Yin e yang são vistos como um jogo harmonioso, e não competitivo. É discernir que ambos os elementos contém aspectos fortes e fracos.

Conflitos ocasionais entre os dois elementos são inevitáveis. Na verdade, a maneira de o ser humano conseguir criar a harmonia interior e exterior. A vida harmoniosa só pode ocorrer através do jogo vital do yin e yang, um caminho para chegar ao "Uno".

domingo, 22 de março de 2009

Margarida - Roupa Nova

Margarida
Roupa Nova Composição Gutemberg Guarabyra

Andei, terras do meu reino em vão
Por senhora que perdi
E por quem fui descobrir
Não me crer-mais-ei aqui, me encerrei
Sou cantor e cantarei
Que em procuras de amor morri, ai!
Dor que no meu peito dói
Que destróis assim de mim
Bem sei que eu achei enfim
E que adiantou a dor,
Mas me queimou
Pois por não saber de amar
Ela ainda rainha está

E ela está em seu castelo, olê, olê, olá
E ela está em seu castelo, olê, seus cavaleiros

Ora peçam que apareça
Pois por mais que me eu me ofereça
Mais me evita essa senhora
Eu já fui rei, já fui cantor
Vou ser guerreiro, um perfeito cavaleiro
Armadura, escudo, espada,
Pra seguir na escalada

Belo motivo, é por amor que vou lutando
E pelas pedras do castelo
Uma eu já vou retirando

E retirando uma pedra, olê, olê,olá
Mais uma pedra não faz falta, olê, seus cavaleiros

Que ainda correm pelo mundo
Ouçam só por um segundo, que eu acabo de vencer
Retirei pedras de orgulhos, majestades,
Deixei todas de humildades,de amores sem reinado
Ela então se me rendeu

Eu já fui rei, já fui cantor, já fui guerreiro
E agora enfim sou companheiro,
Da mulher que apareceu

Apareceu a Margarida, olê, olê, olá
Apareceu a Margarida, olê, seus cavaleiros
Apareceu a Margarida, olê, olê, olá
Apareceu a Margarida, olê...
Seus cavaleiros!

quinta-feira, 19 de março de 2009

A Lista - Oswaldo Montenegro

A Lista
Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Da loucura dos homens & outros escritos - Rodrigo de Faria e Silva

Da loucura dos homens & outros escritos
Rodrigo de Faria e Silva

Uma visão panorâmica da atual literatura brasileira mostra um cenário de mesmice que, parece, se eternizará. Cenas urbanas, violência gratuita, linguagem empobrecida, cortes urgentes e secos, fórmulas que se repetem de maneira cansativa e muito pouco criativa. Este fascínio doentio pelo cotidiano urbano e idealizado tem uma certidão de nascimento, os contos escritos a partir do início da década de 1970, quando o país estava irreversivelmente urbanizado e com novas variantes de caráter. Retratar este novo homem foi uma decisão acertada e até ousada.

O problema é que, depois de quase quarenta anos, houve mudanças estruturais profundas em nossa sociedade que não estão sendo vistas, ou pelo menos trabalhada, pelos ficcionistas. Em outras palavras, a contemporaneidade está muito além de um telefone celular, uma quitinete, uma cena urgente, uma notícia de primeira página. E em nome dela, da contemporaneidade, um oceano de subliteratura tem sido produzida.

A grande questão é saber até que ponto se pode ser criativo mesmo atendendo aos caprichos do mercado literário. Ou seja, as editoras pedem a mesmice sob o argumento de que isso vende. Como fugir do cerco e chegar ao público? Um bom exemplo da fuga é o livro Da loucura dos homens & outros escritos, de Rodrigo de Faria e Silva. O que se revela neste pequeno livro alenta o leitor atento e justifica todo nariz de cera dos parágrafos anteriores. Vamos a ele, ao livro.

Sua estrutura é muito simples, um longo conto, Da loucura dos homens, e cinco outros textos menores. A unidade se dá pela linguagem bem elaborada. São frases que, pela presença de ritmo e de sentido, resgatam o sabor da literatura.

Chorar na frente dessa mulher foi meu primeiro grande erro, pois uma mulher, por mais forte que seja, não tem força para suportar um homem fraco. Invariavelmente medem força conosco e nos apaixonam, pois sabem que com isso tiram nossas proteções e nos deixam mais vulneráveis. No entanto, mais fracos não admitem.

Assim, fazendo seu texto extremamente claro e direto, Faria e Silva segue a lição de Graciliano Ramos. A palavra foi feita para dizer e não para enfeitar.

No longo conto, quase uma novela, inicial há uma outra unidade, a discussão das relações entre homens e mulheres. O enredo conta a vivência de um homem com as mulheres - nove ao todo - de quem guarda alguma lembrança. Estas lembranças, no entanto, são sempre doídas. Começa com a menina que lhe nega o beijo conquistado depois de vencer uma proeza e chega à adolescente com quem se envolve na meia idade. Todas lhe deixaram marcas.

Canalha romântico
O interessante é que tudo joga o leitor para o encontro com um Casanova qualquer, mas nas entrelinhas surge a verdade de sua personalidade, um canalha romântico que caminha pela linha oposta dos heróis de Nelson Rodrigues. O personagem de Faria e Silva é o boêmio irresponsável que se regenera assumindo, por influência política, um emprego no Banco do Brasil, um típico retrato do filho da alta classe média que se fez nas últimas décadas do século passado. Um retrato que se adensa exatamente pela leveza da narrativa. Embora o texto traga uma indiscutível sofisticação, tudo se diz de maneira clara e direta. Enfim, estamos diante de um homem que não mediu esforços em sua traçada trajetória de canalha, mas que por isso foi vingado pelas mulheres. Salve elas.

Esta necessidade de discutir as relações humanas a partir do doce conflito entre homem e mulher permeia os outros textos. Na verdade, eles ampliam os sentimentos do conto - novela? - inicial. Prenhe de razão, Nelson de Oliveira afirma no posfácio que "Da loucura dos homens é a coletânea de casos em que o amor e o tesão atacam o metódico projeto masculino de reinar pela razão e pela força física". E claro está que não se refere apenas ao texto que dá nome ao livro. Nos outros cinco contos esta relação se adensa como instrumento de poder e ambição. Há até um passeio pela surrealista cabeça dos colecionadores que, na visão do autor, podem juntar cheiros ou mulheres.

A verdade é que o autor trabalha com o homem de seu tempo e daí pode sair os sentimentos mais absurdos. Tudo se passa como forma de jogo constante. Mexer cada pedra do tabuleiro dá o sentido pleno de uma existência, afinal aqui se vive entre paixões e alumbramentos nascidos da visão primária de uma mulher ou de uma arte.

Rodrigo de Faria e Silva construiu um livro breve, curtíssimo até, mas que em seu todo encerra uma visão amplificada do homem moderno. Um homem que vive de paixões, mas que não se desfaz de seus objetivos de domínio, embora nem sempre consiga realizá-los. Enfim, falando de um mundo novo, conseguiu fugir de nossa enfadonha mesmice literária.

O AUTOR
Rodrigo de Faria e Silva nasceu em São Paulo, em 1969. Tem cinco livros publicados. É mestre em Teoria Literária pela Universidade de São Paulo. Trabalhou como editor e organizador de diversas publicações. É também fundador e editor do site klickescritores.com.br, pioneiro entre os sites de literatura no Brasil. Desde 2005, tem atuado no mercado publicitário.

TRECHO • Da loucura dos homens & outros escritos
Ainda na casca do ovo quase morri cinco vezes. Comecei a morrer no instante em que vi a luz. Quanto mais luz eu decifrava, mais eu sufocava, mais um brilho maldito nos olhos me perseguia e enganava os outros e a mim mesmo. Foi para repensar a luz que precisei de tanto quarto escuro, onde chorava de medo ao vê-la pelas frestas tentando derrubar a porta.

segunda-feira, 16 de março de 2009

A máscara sempre cai - by LucianaB

A máscara sempre cai
LucianaB

Hoje estava pensando comigo mesma que algumas pessoas têm sempre uma oportunidade para mostrar o que valem. Cedo ou mais tarde um pouco, a máscara sempre cai, caso a pessoa a use.

Só sei que cabe a cada um nós, e a mim saber discernir o que a pessoa pseudo-era e o que ela realmente é.

Usufruir dessa situação é um momento único e me pergunto: afinal... que tipo de pessoas são essas? que movem-se pelo interesse?

Vocês poderão me perguntar mas por que tanta revolta? Sim, eu diria que estou revoltada sim. Jamais eu passaria por cima de alguém ou manipularia.

Sempre lembro-me da frase "Quando alguém o engana uma vez, a culpa é da pessoa. Se o engana duas ou mais, a culpa é sua".

Concluindo... Quando as máscaras caem as pessoas que até então, eram belas, externam o que elas mais tem no seu interior: infelicidade.

É impressionante como ser feliz é um dom.
E como eu ainda me admiro com alguns...não sei como.

sábado, 14 de março de 2009

Me cansei de lero-lero!

Saúde
Rita Lee
Composição Rita Lee/Roberto de Carvalho

Me cansei de lero-lero
Dá licença
Mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar
Opiniões...

De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Nesse chove-não-molha
Eu sei que agora
Eu vou é cuidar
Mais de mim!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh!...

Como vai? Tudo bem!
Apesar, contudo
Todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Se por acaso morrer
Do coração...

É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!...

Como vai? Tudo bem!
Apesar, contudo
Todavia, mas, porém
As águas vão rolar
Não vou chorar
Não!
Se por acaso morrer
Do coração...

É sinal que amei demais
Mas enquanto estou viva
Cheia de graça
Talvez ainda faça
Um monte de gente feliz!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!
Uh! Uh! Uh! Uh! Uh! Uh!...

sábado, 7 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

Uma singela lembrança de minha autoria para o Dia Internacional da Mulher.
Parabéns para todas nós que lutamos dia a dia e assim conquistamos nosso espaço com dignidade e respeito aos demais.


Simplesmente Mulher
Luciana Bettoni

Mulher tu és mágica...
Era uma vez uma menina graciosa que tornou-se uma mulher maravilhosa.
Mulher que dedica a si mesma e a todos seu tempo sempre de maneira magnífica. Nunca desanimada.
Mulher multicolorida ou monocromática, mas sempre fazem a vida de alguém ficar mais colorida, mais viva.
Mulher, para ti, não devemos dar migalhas, mas sim uma bela medalha.

As palavras e o Mundo - Camões

As palavras e o Mundo - Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.